segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Mensaleiros estão isolados dos demais detentos

Os condenados no mensalão que estão presos há quase dois meses no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, comem melhor, não se misturam com os demais presos e tomam banho de sol em separado. Pelo menos esta é a versão que corre entre os detentos. A informação é da Folha de S.Paulo que ouviu um condenado que obteve liberdade condicional recentemente.
Mas a direção da cadeia contesta algum tipo de regalia. As quentinhas servidas às 11h30 e às 17h são todas iguais: têm arroz, feijão, salada e carne. Mas os condenados do mensalão, de fato, têm rotina diferenciada com o objetivo de evitar contato com os demais exclusivamente por questões de segurança.
Presos na mesma cela do Centro Integrado de Reabilitação (CIR) que é o de regime semiaberto o ex-ministro José Dirceu; o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PL (hoje PR) Jacinto Lamas e os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Carlos Rodrigues (PR-RJ) estão em ala destinada a ex-policiais. Já os presos do regime fechado o operador do mensalão Marcos Valério e seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach estão em celas individuais. Valério está no pavilhão de segurança máxima, que é onde ficam presos cujo contato com os demais condenados pode ser considerado perigoso.
Rotina. Todos os condenados devem estar de pé às 6h. O café da manhã pão com manteiga e café com leite é servido na cela às 7h. Dirceu e os demais do semiaberto complementam a refeição com frutas, biscoitos e sucos comprados na cantina. Semanalmente, familiares podem levar até R$ 125 aos presos.
Às 9h começa o banho de sol, mas o horário varia para cada ala. Nesse ponto, a rotina dos mensaleiros é diferente. Eles esperam um dos sete pátios do CIR (que tem 1.600 condenados) ficar vago para terem o banho de sol exclusivo. Todos usam o uniforme da cadeia com roupas brancas. O contato com os outros presos é bem raro.
Os condenados que estão no CIR têm uma TV dentro da cela, que é desligada às 22h. No regime fechado, a vida é mais dura. Valério não tem TV e a luz é apagada às 21h. Já Paz se queixa de eventualmente ficar sem banho de sol. (O Tempo)

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